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Análise de Dangerous Driving de Tribo Gamer

Descubram se é um sucessor digno de Burnout 3: Takedown.

Burnout 3: Takedown tem um lugar muito especial no coração dos fãs da série, e é para muitos um dos melhores jogos de condução arcade de todos os tempos. Há muito que vários estúdios tentam recriar a magia desse jogo, incluindo a própria Criterion, estúdio original, mas sem nunca o terem conseguido realmente. É por isso que havia alguma expetativa para ver o que este Dangerous Driving tinha para oferecer, porque foi apelidado desde cedo como um sucesso espiritual para Burnout 3: Takedown.

Não se trata da afirmação de um grupo de produtores que simplesmente gostavam do jogo, nada disso. Uma boa fatia do núcleo do estúdio, Three Fields Entertainment, é composta por vários membros da equipe que trabalhou em Burnout 3: Takedown, e isso já tinha sido evidente pelo seu projeto anterior, Danger Zone, que era essencialmente uma recriação do modo Crash dos Burnout.

Mas Dangerous Driving não tenta ser exatamente um sucessor espiritual de Burnout 3: Takedown, tenta ser Burnout 3: Takedown. A estrutura do modo World Events, a jogabilidade, os embates com outros carros em câmara lenta, e até os ecrãs de loading, parecem ter sido retirados de Burnout 3. Até a interface apresenta muitas semelhanças, e será imediatamente familiar para quem conhece bem Takedown.

O grosso da experiência de Dangerous Driving foi desenhada para o jogador solitário, e vão encontrar uma série de modos de jogo para experimentarem. O modo principal é a corrida tradicional, Race, contra cinco adversários controlados pela inteligência artificial. Como em Burnout, o jogador será incentivado a conduzir de forma perigosa, de forma a aumentar o seu turbo, e derrubar os outros carros é uma das maneiras de ganharem vantagem.

Heatwave é semelhante a Race, mas com a diferença de que aqui não existem Takedowns, ou seja, velocidade e condução perigosa é tudo o que podem usar na corrida. Outra diferença é que, se gastarem uma barra de turbo de seguida, vão receber outra, numa função chamada precisamente Heatwave. Face Off é outra corrida, desta vez em um contra um. O vencedor fica com o carro do derrotado.

Shakedown é essencialmente uma corrida contra-relógio, enquanto que Eliminator é uma disputa de Takedowns - ganha o último carro a ficar de pé. Survival é um modo singleplayer, onde os jogadores terão de passar o máximo de checkpoints possível sem chocarem. GP oferece uma experiência ligeiramente mais longa, quase como um campeonato, e funciona à base de pontos ganhos em corridas.

Road Rage é semelhante a Eliminator, mas aqui, o objetivo é ver que jogador consegue o maior número de Takedowns dentro do tempo limite. Por último, há Pursuit, onde o objetivo passa por controlar um carro da polícia com o propósito de derrubar os carros de outros jogadores ou da IA.

O jogo inclui 30 pistas, que oferecem boa variedade de cenários para visitarem, com muitas curvas, retas, e até plataformas para saltarem. Visualmente está bastante apurado, com bom detalhe, efeitos, e iluminação. Aliás, até terá efeitos excessivos de iluminação, já o que o sol teima em ofuscar a visão em demasiados momentos. A nossa maior queixa, contudo, é o fato de não correr a 60 frames por segundo no PS4 e no Xbox One base. Estas consolas estão limitadas a 30 frames por segundo, o que marca uma grande diferença para os 60 frames de PS4 Pro, Xbox One X, e PC.

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Outro fator que temos de referir é a banda sonora, ou a sua ausência dela. Em vez de introduzir uma banda sonora, a Three Fields Entertainment integrou o Spotify no jogo, para que possam ouvir a vossa própria banda sonora enquanto jogam. A questão é que necessitam de ter o Spotify Premium para desfrutar desta função. Sabemos que sai caro licenciar uma banda sonora, mas algumas músicas de origem tinham calhado bem.

Outro fator desapontante é a lista de veículos disponíveis. Existem várias classes de carros por onde podem escolher, mas cada classe tem uma seleção muito reduzida de veículos à sua disposição, e no total, o leque de escolha é escasso. A isto juntem o fato da personalização apenas permitir mudar a cor dos carros de forma aleatória. Gostaríamos de ter visto bem mais opções nesta categoria, mas não foi isso que encontramos.

A nível de jogabilidade, Dangerous Driving é condução arcade pura e dura, com uma jogabilidade simples e acessível, mas que requer grande controle para dominar. Realismo não entra nesta equação, apenas diversão, e esse objetivo é conseguido, sobretudo a 60 frames por segundo. É um estilo de condução altamente intenso, com choques e condução perigosa, que obriga a estar em alerta constante. Como em Takedown, os choques acontecem em câmara lenta, mas quando é o jogador a chocar, o tempo de reentrada na pista é mais lento que em Burnout 3: Takedown, que era praticamente instantâneo, e isso afeta o ritmo do jogo.

Nota ainda para a ausência de multiplayer, que aparentemente será introduzido até ao fim de abril de forma gratuita. Como tal, não nos foi possível testar essa vertente do jogo. Pelo menos existem bastante conteúdo singleplayer para nos manter ocupados até lá.

Dangerous Driving tem alguns momentos de grande diversão, mas não é tão bom quanto Burnout 3: Takedown. Existem demasiadas falhas, incluindo bugs, para chegar ao elevado patamar desse jogo, e só pode ser recomendado a quem tenha perfeita consciência de que está a comprar uma experiência inferior, e não o sucessor espiritual que foi prometido.

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Prós

  1. Vários modos de jogo.
  2. Condução agressiva e divertida.
  3. Boa variedade de pistas.


Contras

  1. Vários erros técnicos afetam a jogabilidade.
  2. É escasso em algumas áreas.
  3. Foi lançado sem multiplayer (chega mais tarde).
  4. Não tem banda sonora.
  5. Corre a 30 frames no PS4 e no Xbox One base.

Fonte: Gamereactor

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22 Abr, 2019 - 22:47

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