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Análise de Resident Evil 2 Remake de Tribo Gamer

Descubram se vale a pena regressar a Raccoon City para este remake total de Resident Evil 2.

Foi há 21 anos que os jogadores percorreram as ruas - e os quarteirões - de Raccoon City pela primeira vez, com Resident Evil 2 para PlayStation, um jogo que muitos consideram ser um dos melhores da saga. Agora, a 25 de janeiro, será lançado um remake completo desse jogo, para PC, PS4, e Xbox One. Trata-se sobretudo disso, de um remake, e não de uma remasterização. Qual a diferença? O remake implica que o jogo foi todo refeito de raiz, e no caso de Resident Evil 2, isso implica design, grafismo, vozes, e jogabilidade. Tudo é novo nesta versão, excepto o conceito, os eventos, e a história - essa base mantém-se.

Os fãs do original vão reconhecer pontos narrativos, localizações, personagens, e puzzles, mas para todos os efeitos é um jogo novo, perfeitamente modernizado e atual. É, talvez, o melhor remake que já vimos, tal é a qualidade do trabalho feito pela Capcom, que ainda acrescentou algumas surpresas e mudanças para manter os jogadores em suspense, até os que já conhecem bem o original.

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A história é exatamente a mesma, ou seja, vão encarnar Leon Kennedy ou Claire Redfield durante uma epidemia de zombies em Raccoon City. Leon é um policial novato, que acabou de ser transferido para a esquadrão de Raccoon City, enquanto que Claire procura o irmão, Chris Redfield, um dos protagonistas do primeiro jogo. As duas campanhas decorrem em simultâneo, e existem momentos em que se cruzam, mas vão percorrer áreas diferentes, lutar com inimigos diferentes, e encontrar personagens diferentes. Para todos os efeitos, são duas campanhas num só jogo. Então, o que mudou entre o original e o remake?

Um dos elementos que mais distinguiu Resident Evil 2 foi a introdução de Mr. X, um Tyrant virtualmente indestrutível que seguiu o jogador durante grande parte da aventura. Mr. X está novamente presente neste remake, bem como a maioria dos bosses do original. Mais, a progressão da história é também muito semelhante, o que significa que da esquadra vão passar para o laboratório.

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Como já referimos, a maioria das personagens está de regresso, embora possam ter mais a oferecer ao jogador. O vendedor da loja de armas, por exemplo, que vão visitar antes de seguirem para o quarteirão, tem uma história bem mais emocional para partilhar com o jogador. A Capcom reforçou o desenvolvimento destas personagens, e também os diálogos, que são agora mais credíveis e interessantes.

Todas as personagens têm novas vozes e captura de movimentos, o que as torna mais relacionáveis, mas isso também é possível graças ao novo motor gráfico. Resident Evil 2 é visualmente impressionante, apresentando um dos melhores grafismos que já vimos. Outra grande mudança reside nos cenários. Enquanto que o original mostrava cenários pré-renderizados em 2D (pinturas, essencialmente) com ângulos de câmara fixos, Resident Evil 2 apresenta cenários 3D totalmente detalhados, e mais importante que isso, acabou com os ângulos fixos da câmara.

Resident Evil 2 funciona agora como um jogo de ação na terceira pessoa com câmara em cima do ombro, mais semelhante a algo como Resident Evil 5, por exemplo. Podem até escolher entre três tipos de jogo: Assistido, Normal, e Hardcore. Em assistido, o jogo facilita imenso a tarefa de apontar a arma, enquanto que Normal está mais próximo de uma experiência tradicional de ação na terceira pessoa. Já Hardcore é mais exigente, e até requer que os saves usem tinteiros, como o original.

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Os efeitos luminosos, de grande qualidade, também acrescentam muito à atmosfera e à jogabilidade. Existem momentos em que as salas estão praticamente escuras, e tudo é iluminado pela lanterna do jogador. A isso acrescentem barulhos e grunhidos, e têm a receita para alguns momentos de tensão. Mais do que terror psicológico, Resident Evil 2 é um jogo de terror direto, de sustos baratos, e existem vários.

A maioria dos inimigos que vão encontrar são zombies na verdadeira ascensão da palavra, e estão estupendos. Talvez sejam os melhores que já vimos num jogo, não só graficamente, mas até a nível de comportamento. A forma como tentam desesperadamente chegar ao jogador, mesmo depois de perderem membros, é impressionante, e matá-los de vez é particularmente complicado. E mesmo que matem todos os zombies de uma área, não pensem que estão seguros, porque eventualmente vão aparecer mais através de janelas partidas ou portas.

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Quando terminarem uma campanha, podem recomeçar a outra campanha com outra personagem, o que significa que existem quatro variações da história. Leon e Claire lado A, e Leon e Claire no lado B, como no original. Tradicionalmente, contudo, devem jogar Leon no lado A, e Claire no lado B. Das duas campanhas, acabamos por gostar um pouco mais da campanha de Claire, sobretudo por causa das localizações que visita e das personagens que encontra.

Também temos de referir as muitas surpresas que a Capcom escondeu no mapa, como referências a eventos ou a situações do original, além de existirem fatos extra para desbloquearem - incluindo o de Elza Walker, a personagem jogável do infame Resident Evil 1.5 que foi substituída por Claire em Resident Evil 2.

A premissa do original continua a ser interessante, mas jogada através de um grafismo e de uma jogabilidade modernas, torna-se bem mais imersiva e impressionante. Resident Evil 2 é um survival horror estupendo, obrigatório para qualquer fã do original, ou para quem simplesmente aprecia o gênero.

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Prós

  1. Grafismo fantástico.
  2. Excelente design dos zombies.
  3. Algumas surpresas para quem jogou o original.
  4. Atmosfera soberba.


Contras

  1. Final é algo abrupto.

Fonte: Gamereactor

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23 Jan, 2019 - 18:19

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