Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar
9.0
Análise de Valkyria Chronicles 4 de Tribo Gamer

Depois de uma longa ausência, Valkyria Chronicles regressa com estrondo.

Valkyria Chronicles está de volta, 10 anos depois do último jogo "a sério", mas pelo menos chegou com estrondo. Este quarto capítulo tem grande qualidade, e mostra porque a série de estratégia da Sega, inspirada numa versão alternativa da Segunda Guerra Mundial, é tão querida pelos fãs. Os dois capítulos anteriores foram lançados para PSP, e a série parecia condenada a plataformas mais modestas, mas Chronicles 4 mostra onde é realmente o lugar da saga - nas melhores plataformas do mercado.

Valkyria Chronicles 4 se passa no mesmo período que os jogos anteriores, mas desta vez o conflito não é em Gallia. Isto nos permite deixar já uma nota: não precisam de ter jogado qualquer Valkyria Chronicles para desfrutarem deste quarto capítulo. Para todos os efeitos é uma história muito separada, o que tem os seus aspetos positivos.

A ação passa-se em 1030, numa versão alternativa da Europa que foi engolida por guerra. A Atlantic Federation, do oeste, está em confronto com a Imperial Alliance, do leste, sobretudo pelo controle de um recurso conhecido como Ragnite Ore (equivale a petróleo). Nos jogos anteriores, esse conflito era algo secundário, e servia mais de contexto do que o fio narrativo, mas em Valkyria Chronicles 4, é precisamente esse conflito que guia a história.

Gallia é um país neutro, bem no centro do conflito, e é rico em Ragnite Ore, e era aqui que se passavam os anteriores. A única ligação real entre Valkyria Chronicles 4 e os jogos anteriores, é que a maioria das personagens são originárias de Gallia. De resto, vão encontrar uma experiência de jogo com grande foco na narrativa, que deve nos ocupar pelo menos durante 40 horas. Pelo meio vão encontrar histórias de amor e de perda, com personagens que vão conquistar o nosso coração ao longo da aventura.

Imagem

O estilo é semelhante ao dos jogos anteriores, ou seja, a lembrar séries de animação japonesa, mas como se tivessem sido pintados com aguarelas. Cada personagem apresenta um estilo visual distinto, que acompanha bem as suas personalidades. É realmente um elenco interessante, com muitas histórias para partilhar com o jogador. Se tecnicamente não é o jogo mais impressionante que já vimos, o estilo das sequências de vídeo é sensacional, sobretudo a nível artístico.

Quanto à estrutura, é uma combinação de gêneros. Em parte funciona como um RPG japonês, mas o grosso da experiência é dominada por mecânicas de estratégia por turnos. Em alguns momentos, na terceira pessoa, também tem elementos de ação em tempo real. É uma combinação estranha, mas funciona bem. As batalhas em si durante entre 20 a 60 minutos, e embora as primeiras sejam simples - servem sobretudo como apresentação à jogabilidade -, mais tarde vão começar a pagar caro pelos erros. É preciso pensar nas forças do inimigo, encontrar formas de flanquear, e planear zonas de ataques.

Existem seis tipos de classes que podem colocar no campo de batalha, cada uma indicada para um papel diferente, desde os que são excelentes com explosivos, aos mais furtivos que investigam o inimigo. Também existe todo um lado de tecnologia que podem evoluir, permitindo novas possibilidades táticas. Aliás, um dos poucos problemas que encontramos com o jogo, é que é fácil 'aproveitar' algumas táticas para ganhar facilmente os combates. Nesse aspecto, Valkyria Chronicles 4 podia ter um equilíbrio mais eficaz.

Imagem

Ao contrário de outros jogos, aqui não vão evoluir personagens individuais, mas antes as classes - e com isso evoluir todas as personagens dessa classe. Na seção de pesquisa podem também encontrar formas de melhorar veículos e armas, e até podem descobrir novas ordens que vão aumentar a eficácia de certos elementos durante a batalha, como a pontaria, por exemplo.

Cada membro do esquadrão tem colegas com que é mais compatível, e isso permite criar combinações de ações. Mas há um fator que devem considerar - quando uma personagem morre em batalha, fica perdida para sempre, e isso se aplica às batalhas e ao resto da história.

Como já referimos, Valkyria Chronicles 4 tem um estilo artístico muito bem vincado, mas beneficia também de uma banda sonora de grande qualidade. Se têm acompanhado a saga até aqui, podem reconhecer versões ligeiramente modificadas dos jogos anteriores, mas em resumo bastante saber que a banda sonora cumpre o seu papel de reforçar as várias condições de derrota ou vitória, além dos momentos mais emocionais.

Imagem

É preciso deixar um aviso de um elemento característico dos jogos Valkryria Chronicles, um elemento que alguns vão apreciar imenso, e que outros podem detestar. Existem várias sequências de animação e de vídeo, com muita exposição e história, o que pode quebrar seriamente o ritmo do jogo. Nós gostamos deste momento, mas sabemos que não será o caso com todos os jogadores, por isso é algo que devem considerar.

Jogar Valkyria Chronicles 4 é como 'jogar' uma série de animação japonesa, uma série sobre camaradagem, guerra, amor, e perda. Existem momentos de exagero, alguma exposição excessiva, e alguns diálogos a roçar o ridículo, mas quando conta, Valkyria Chronicles 4 é perfeitamente capaz de mexer com as emoções do jogador. Se são fãs dos anteriores, é uma compra obrigatória, e se não são, mas sempre tiveram curiosidade, é um excelente ponto de partida.

Imagem

Prós

  1. Graficamente cumpre em contexto com a animação japonesa.
  2. História imersiva.
  3. Jogabilidade tática.
  4. Banda sonora linda.


Contras

  1. Existem algumas formas de fazer 'trapaças'.
  2. Sequências de vídeo podem ser demasiado longas.

Fonte: Gamereactor

0 Comentários

22 Set, 2018 - 21:26

997 Views

9.0

Como você avalia o Valkyria Chronicles 4?

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Escrever Análise

Comentários