Baixe agora o app da Tribo Gamer Disponível na Google Play
Instalar
9.0
Análise de Dark Souls de Tribo Gamer

O jogo que definiu o gênero Souls-like está de volta, e melhor que nunca.

Cada gênero tende a ser definido por um jogo, e uma série, e no caso do gênero Souls-like (jogos caracteristicamente difíceis, com grandes penalizações para a morte, e jogabilidade na terceira pessoa), Dark Souls foi esse jogo, ainda que tenha sido precedido por Demon's Souls. Muitos outros jogos copiaram a fórmula de Dark Souls, incluindo a própria From Software com Bloodborne, o que diz bem da sua importância ao nível de design moderno de videojogos. Parece-nos portanto natural e justo que também Dark Souls tenha direito a esta restauração nos consoles atuais.

Podemos começar por dizer que sim, Dark Souls: Remastered tem várias melhorias importantes em relação ao jogo original, sobretudo técnicas e gráficas. No caso do PS4 e Xbox One, Dark Souls corre com uma resolução de 1080p e a 60 frames por segundo, ao contrário dos 720p e 30 frames por segundo (por vezes muito abaixo disso) das versões PS3 e Xbox 360. Para referência experimentamos a versão Xbox 360 uns dias antes de analisarmos esta versão, e a diferença de qualidade gráfica é evidente. Alguns elementos mostram a sua idade, e as suas origens na geração anterior, mas no geral é uma revisão técnica de grande qualidade. Quanto às versões PC, PS4 Pro, e Xbox One X, suportam ainda uma resolução de 4K, também a 60 frames por segundo.

Imagem

Dark Souls: Remastered também será lançado para Nintendo Switch, embora com resultados menos impressionantes. Em modo TV, Dark Souls irá correr com uma resolução de 1080p, enquanto que em modo portátil vai correr a 720p, os dois modos a 30 frames por segundo, ou seja, metade da fluidez das outras versões. Infelizmente não tivemos a oportunidade de testar esta versão, já que será lançada mais tarde que as outras versões.

A qualidade visual desta remasterização melhora o jogo, mas o maior benefício chega dos 60 frames por segundo. Algumas áreas da versão original, como Blighttown, eram infames pela fluidez atroz de jogo, mas nesta versão tudo isso foi corrigido. As animações são bastante fluídas e a jogabilidade responde mais rápido que nunca aos controles, o que se traduz numa experiência superior - sobretudo num jogo que é tão exigente ao nível de desvios e bloqueios quanto Dark Souls.

Esta edição todo o conteúdo base de Dark Souls e também a expansão Artorias of the Abyss. Aqui terão acesso a uma nova localização, armas, armaduras, e bosses, acrescentando mais algumas horas de jogo. Quanto ao conteúdo em si, está exatamente igual ao original. Nada foi mudado ou alterado para ser mais acessível, o que certamente deixará alguns fãs aliviados. A única diferença, como já referimos, é a melhoria a nível técnico e gráfico, o que por si só melhora a experiência de jogo (e em partes, como Blighttown, facilita-a).

Imagem

Dark Souls é uma aventura solitária, mas tem também uma componente online. Os jogadores podem ver e deixar mensagens, pedir ajudar a jogadores aleatórios, e invadir os mundos uns dos outros para lutarem entre si, mas não tivemos a oportunidade de experimentar nenhuma destas componentes. Os servidores estavam ainda offline, mas podemos avançar que o número limite de quatro jogadores por aumentado para seis. Quando à invocação de personagens controladas pela inteligência artificial, como Ion Tarkus, tudo correu dentro da normalidade.

Não vamos recordar ao pormenor o que torna Dark Souls num jogo tão especial, mas não foi à toa que teve um impacto tão grande na indústria de videojogos. De forma geral é a dificuldade de Dark Souls que costuma ser destacada, mas esse está longe de ser o único elemento positivo do jogo. O mundo que vão explorar tem uma atmosfera estupenda, dentro de um estilo sinistro e gótico, e a sua construção é uma classe de mestria em design. A forma como todas as áreas se ligam, com vários caminhos, atalhos, e segredos, é impressionante, mesmo ainda hoje. A estória em si é muito vaga, mas se ouvirem o que as personagens dizem, tomarem atenção aos cenários, e às descrições dos itens, vão encontrar muitas referências e segredos para juntarem numa narrativa.

Imagem

A jogabilidade é também bastante boa, sobretudo para classes à base de escudos e armas (classes mágicas podiam ser um pouco mais eficazes e práticas). Na base mais básica da jogabilidade, podem atacar rapidamente ou com força, bloquear, desviar, e contra-atacar, mas existem muitos outros elementos que podem explorar. Como Dark Souls não se restringe a uma classe, podem evoluir a personagem como desejarem. Podem usar um arco para chamar inimigos, por exemplo, ou aprender um ou outro feitiço curativo. Podem abdicar do escudo para equipar a arma nas duas mãos, ou tentar uma personagem mais rápida que possa atacar os inimigos pelas costas. A profundidade de Dark Souls e da sua jogabilidade é estupenda.

Podia-se de certa forma exigir mais algum esforço da From Software, sobretudo ao nível de extras - documentários com os produtores, galerias de arte, e outros pormenores semelhantes, mas isso provavelmente também iria influenciar o preço do jogo. A € 39.99 (em PS4 e Xbox One), parece-nos que Dark Souls: Remastered oferece o principal, ou seja, a versão definitiva do jogo. Se algumas remasterizações conseguiram ser piores que os originais, esse não é de todo o caso com Dark Souls. Esta é a melhor forma de jogar um verdadeiro clássico moderno.

Imagem

Prós

  1. Soberbo design de mundo.
  2. Remasterização de qualidade.
  3. É difícil, mas também recompensador.
  4. Inclui a expansão Astorias of the Abyss.


Contras

  1. Multijogador continua a ser uma área bastante crua do jogo.
  2. Uma abordagem mais direta à estória não teria ficado mal.

Fonte: Gamereactor

0 Comentários

24 Mai, 2018 - 04:11

3951 Views

9.0

Como você avalia o Dark Souls?

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Escrever Análise

Comentários