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Análise de The Raven Remastered de Tribo Gamer

The Raven Remastered: um point-and-click estilo Telltale com inspirações em Agatha Christie!



The Raven é uma aventura, recheada de mistério e investigação, um point & click no estilo mais Telltale possível, apesar de não pertencer a produtora, ter lá suas diferenças, e estar longe dos bons The Walking Dead, Wolf Among Us, Batman: The Enemy Within ou Game of Thrones, o jogo da THQ Nordic, segue a mesma linha de jogo. Separado em 3 capítulos: o primeiro é Legacy of a master Thief, o segundo é Ancestry of Lies e o terceiro A Murder of Ravens feito pela King Art Games, que ficou conhecida pelo sucesso de The Book of Unwritten Tales, o jogo conta sua história nos anos 60, pela visão do policial suíço Anton Jakob Zellner, e é baseado nos romances policiais da época, contando até com uma personagem da rainha dos romances policiais, Agatha Christie.

Um famoso ladrão domina todos os grandes roubos da Europa, até que o detetive francês Nicolas Legrand supostamente o mata e acaba com o seu reinado no mundo do crime. Porém, em 64, um dos "Olhos da Esfinge", os dois rubis mais caros do mundo, é roubado por um ladrão oculto. Alguns afirmam ser o próprio Raven de volta a ação, outros acreditam ser um novo discípulo do antigo ladrão lendário, uma vez que o modus operandi não é o mesmo. O jovem Legrand, que ganhou muita fama após pegar o lendário Raven, é escolhido para escoltar o outro rubi que sobrou até a cidade de Cairo, no Egito, onde os dois Olhos seriam expostos. Legrand fica sem ter certeza se matou o "verdadeiro" Raven ou um impostor, e acaba ficando louco em sua obsessão por descobrir a verdade. É aí que o policial Zellner entra em ação, de metido mesmo, para investigar com maior lucidez o caso.



O jogo tem uma fotografia, uma história e uma trilha sonora dignas de cinema. O jogo começa com uma cena de um trem atravessando a Europa, numa referência clara ao Assassinato no Expresso do Oriente, enquanto os créditos vão passando, o nome do jogo vai aparecendo e uma música simplesmente fantástica vai tocando. A cena inicial te dá o clima necessário pra se envolver na história, dando a verdadeira impressão de estarmos assistindo um filme no cinema.

Cada personagem tem sua história, suas características, e elas são exploradas a fundo. A dublagem perfeita dos atores ajuda muito a prestar atenção em cada pedacinho da história de cada um, apesar de o lip-sync dos personagens não ser muito bom. Além disso dá pra passar as conversas com um simples toque do mouse, o que às vezes é bom, quando já passamos por aquela parte e estamos repetindo, ou quando já lemos o texto nas legendas e não queremos esperar o personagem terminar de dar a fala. Mas tem o outro lado da moeda, de que a gente presta atenção muito menos na ótima dublagem, ficando um jogo mais corrido e quebrando a ideia de estarmos assistindo uma história interessante, nos lembrando que estamos num jogo de videogame, focando mais na ação.

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Os gráficos do jogo vão depender da sua exigência de gamer. Conforme vamos jogando vamos liberando artes conceituais e outros desenhos e modelos do jogo. Em alguns desses modelos e desenhos dá pra ver que eles não quiseram deixar os gráficos muito infantis, como um desenho animado, mas também não quiseram deixar muito sério, chato, então escolheram um meio termo.

A jogabilidade vai parecer travada se você ainda não jogou esse tipo de jogo, separado em capítulos. Em algumas salas que entramos a câmera pega um ângulo que mostra toda a sala e, assim, todas as opções dela. Mas em alguns momentos a câmera não consegue mostrar tudo, e aí ficamos horas girando, procurando algo de interessante numa sala, sem saber que tinha mais um pedacinho que só aparecia se andássemos até lá. Além disso, pra passar pra outras salas às vezes aparece o ícone de uma maçaneta, mas às vezes não.

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O caderno é outra parte legal do jogo. Funciona como uma espécie de inventário de informações, tudo que acontece fica anotado lá, é bom pra entender ainda mais da história do jogo, com informações extras de cada personagem, segredos e várias dicas de pra onde ir.

Além de clicar pelo cenário e juntar elementos pra destravar itens, há também os diálogos. Porém eles podem parecer bem clichês e sem importância. Não importa qual opção você escolher, depois que o personagem te responder a pergunta, você pode fazer a outra, e a outra, e a outra que tu não escolheu, até não ter mais assunto. Não faz diferença nenhuma sobre o que tu escolhe falar, no fim tu vai ter que usar todas as alternativas mesmo. Além da história principal (saber quem é o Raven), tem várias side quests, por assim dizer.

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Os puzzle's são realmente difíceis, porém se compararmos com The Walking Dead, Deponia ou Monkey Island, The Raven ainda tá muuuito longe. No fim, a história é muito boa, digna de cinema, mas os pontos negativos incomodam um pouco, sendo incompatível com a história excelente. Os point & click’s estão de volta, porém a Telltale ainda é a dona do gênero no mercado, e fica difícil outras séries virem "se meter" quando temos jogos tão bons pra compararmos.



Opinião Final

Em alguns casos um jogo se prova bom mesmo sem ser uma grande produção ou ter efeitos incríveis, este é o caso de The Raven Remastered, game que se baseia em uma história soberba e gráficos condizentes com o clima de mistério que a aventura passa. Com uma história digna de cinema, The Raven prende o jogador graças à sua narrativa incrivelmente bem construída e personagens carismáticos. Tanto o "vilão" da trama, o grande ladrão The Raven, quanto os personagens que o investigam são muito divertidos de se acompanhar.

O maior triunfo do jogo está em sua jogabilidade, que se mescla profundamente com a temática. Com direito a sistema de apontar e clicar, o que remete a títulos clássicos do gênero, é possível investigar a fundo tudo o que se passa em uma cena. Infelizmente, The Raven não é um jogo perfeito, já que pode ser bem curto e sua narrativa quebrada em três episódios distintos pode também quebrar o clima de tensão que está presente na aventura.

The Raven está disponível para PS4, XBoxOne e PC. Nas lojas de console e na Steam, GOG e Humble Bundle, por R$54,99. Ocupa um espaço em disco de 25Gb e roda em placas de no mínimo 2Gb.

O game não possui legendas em Português, mas se você deseja jogá-lo em PT-BR, corre lá no nosso fórum e peça aos nossos tradutores, quem sabe? E se você tem o nível de Inglês Intermediário, pode ajudar-nos nas nossas traduções também, junte-se ao time! Saiba como AQUI!

FONTES: CriticalHits / TechTudo / GameSpot

Fonte: Techtudo

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29 Mar, 2018 - 11:58

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