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9.0
Análise de Bayonetta 2 de Tribo Gamer

Revisitamos dois dos melhores jogos de ação da última década.

Em 2010 ficamos a conhecer Bayonetta, uma nova protagonista extremamente desafiadora, corajosa, e até algo convencida. Nada de muito estranho, se considerarmos que Hideki Kamiya, criador de Dante e Devil May Cry, foi também a mente por trás de Bayonetta. Embora tenha sido muito bem recebido no PC, PS3 e Xbox 360, a verdade é que o estúdio nunca conseguiu financiamento para uma sequela, possivelmente por se tratar de um jogo algo nicho. Essa situação só mudou quando a Nintendo apareceu em cena, agindo como financiadora para o projeto. Isto tornou Bayonetta 2 em um exclusivo do Wii U, e a Platinum Games aproveitou para também adaptar o original ao console. Agora, pouco mais de três anos depois do lançamento desses dois jogos no Wii U, surgem no Nintendo Switch, e com um terceiro jogo a caminho.

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Bayonetta é extravagante e excêntrico, algo que se aplica à personagem, ao jogo, e à estória. É uma bizarra mistura de conceitos religiosos, com as suas próprias versões do céu, inferno, anjos, e demônios. No centro de tudo isso estão as bruxas, grupo onde se insere a própria protagonista. É um jogo que abraça por completo o estilo narrativo típico do Japão, com ação extremamente irrealista, interpretações exageradas, e um estilo sensual bastante provocador. O próprio humor é entregue com muito 'queijo', como dizem os americanos, sempre muito direto e sem qualquer tipo de subtileza. Isto não é algo bom ou mau, é o que é, e se alguns jogadores vão apreciar esta abordagem, outros vão certamente ter dificuldades em abraçar este estilo, sobretudo se preferem algo mais refinado, realista, e subtil.

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A própria figura de Bayonetta exemplifica perfeitamente este sentimento. É uma bruxa voluptuosa, extremamente sensual, que usa sapatos de salto-alto como pistolas, e que utiliza o seu cabelo simultaneamente como vestuário e fonte dos seus poderes - o que significa que os poderes mais poderosos despem Bayonetta até ficar quase nua. É tudo um grande exagero e até ridículo, mas o jogo nunca pede desculpas por isso, por ser como é, e isso sempre foi muito apreciado pelos fãs da Platinum Games e da série.

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Bayonetta 2 será o jogo mais interessante dos dois para a maioria dos jogadores, já que é mais recente e só foi lançado para Wii U. Por isso mesmo, é provável que muitos jogadores de Nintendo Switch nunca tenham tido a oportunidade de jogarem Bayonetta 2. Esta estória arranca pouco tempo depois do final do primeiro jogo, e existem algumas referências aos eventos anteriores, mas se quiserem saltar diretamente para a sequela, não terão dificuldade em perceber o que se passa. Logo após os eventos iniciais, Bayonetta descobre que tem de salvar uma companheira, uma missão que eventualmente assume proporções bem mais drásticas que podem ditar o destino de todo o universo.

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Depois de termos jogado os dois jogos de seguida, parece-nos que Bayonetta 2 não é tão variado em termos de estrutura quanto o original. No primeiro jogo existem algumas seções de plataformas, que permitiam intervalar a ação, mas na sequela essas seções desapareceram quase por completo. Existe exploração, mas basicamente vão estar a correr de luta em luta. Vale ao jogo que o sistema de combate é tão bom. Existem várias armas que podem adquirir durante a aventura, cada uma com o seu conjunto de combinações de golpes, mas todas são espetaculares de ver em ação. É uma jogabilidade acessível, e os novatos não terão problemas em arrumar com os inimigos utilizando algumas combinações simples, mas existe espaço para muito mais. Veteranos não vão olhar para os oponentes como um perigo, mas antes como ferramentas para conseguirem grandes pontuações e algumas combinações obscenas de golpes. Uma dança, quase.

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Embora existam muitas semelhanças entre o sistema de combate do primeiro jogo e esta sequela, a jogabilidade é mais veloz na sequela, e as batalhas também. A Platinum Games fez por aumentar o ritmo de jogo, e não sabemos se isso será apreciado por todos. Não é nada que mude por completo a experiência, mas vão precisar de melhores reflexos para seguirem em frente.

Cada jogo dura algo como 10 horas, mas ambos são desenhados de forma a que seja impossível ver ou fazer tudo numa só passagem pela campanha. Se quiserem completar tudo o que os Bayonetta têm para oferecer, preparem-se para terminarem os jogos pelo menos três vezes. Desta forma também podem experimentar os vários tipos de dificuldade que existem.

Em Bayonetta 2 também podem jogar o modo Tag Climax, uma seleção de desafios que podem jogar com um amigo localmente ou online. Em alternativa podem usar o modo de emparelhamento ou recorrer a um parceiro controlado pela inteligência artificial. Existe ainda o modo Lost Chapters, desbloqueado depois da campanha, que apresenta desafios gradualmente mais difíceis ao jogador.

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Os dois jogos evoluíram com classe, mas é inegável que são datados em relação aos padrões atuais. Existem paredes invisíveis por todo o lado, o ambiente não tem grande detalhe, e o percurso a percorrer é bastante linear. Por outro lado, as animações são fantásticas e tudo se move de forma muito fluída. Os loadings são também bastante rápidos, mas tirando isso, não contém com diferenças reais entre estas versões e as de Wii U. Quanto ao departamento sonoro, brilha com excelentes interpretações de Hellena Taylor como Bayonetta, e com bandas sonoras extremamente inspiradas e divertidas.

Um dos encantos da versão Switch é a possibilidade de jogar em modo portátil, o que é fantástico, mas na nossa opinião a melhor forma de desfrutar do jogo é mesmo em modo TV e com um Pro Controller. Se jogarem em modo portátil podem ainda usar o ecrã tátil para atacar facilmente os inimigos. Independentemente de como escolherem jogar, Bayonetta 1 e 2 são jogos fantásticos de ação, e se nunca os jogaram, são altamente recomendados. Contudo, se os jogaram há pouco tempo no Wii U, não temos motivos para recomendar estas versões.

Pontos Positivos

  1. Excelente jogabilidade e controles.
  2. Visual e banda sonora inspirados.
  3. Bayonetta é uma personagem fantástica.
  4. Incentivos para repetir a aventura.


Pontos Negativos

  1. Melhoramentos marginais das versões Wii U.
  2. Tecnicamente já está datado.
  3. Câmara por vezes é problemática.

Fonte: Gamereactor

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19 Fev, 2018 - 23:58

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