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7.0
Análise de Mirror's Edge: Catalyst de IGN

Mirror's Edge Catalyst Review

Siga em frente, olhe para o lado

O primeiro Mirror's Edge, lançado em 2008 para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, trouxe consigo uma proposta audaciosa: um jogo de parkour em primeira pessoa. Um jogo em que o objetivo é simplesmente correr de maneira alucinada, fazer algumas acrobacias e movimentos de parkour, chegar ao seu destino e partir para a próxima como se não houvesse amanhã. O game da desenvolvedora sueca DICE se tornou um clássico -- aclamado por uns, odiado por outros.

Avance para 2016 e temos Mirror's Edge Catalyst, reboot/prequel com o objetivo de melhorar os pontos que eram um problema no original e trazer uma experiência mais completa em todos os aspectos. Disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC, o novo jogo protagonizado pela corredora Faith Connors traz a endorfina do movimento de volta, mas falha em oferecer mais do que isso.




Ambientado na cidade de Glass, uma distopia "ultra clean" comandada por um governo totalitarista, Mirror's Edge Catalyst conta a história de um grupo de pessoas que vai contra os ideais daqueles que detém o poder. O Conglomerado, composto de empresas, manipula a sociedade com um discurso de meritocracia velada (estranhamente familiar, não é mesmo?), transformando os cidadãos em escravos voluntários, que não têm noção do real controle que as empresas e a alta casta possuem sobre suas vidas -- só faltam os panelaços.

A trama começa com Faith sendo liberada da prisão e indo de encontro ao seu grupo, os Corredores, que atuam como mercenários, fazendo serviços de entrega e roubo de materiais com informações sigilosas e importantes. Em uma das primeiras missões, a protagonista acaba coletando dados que interessam ao mais alto escalão do Conglomerado e que diz respeito ao bem estar da sociedade. A partir deste ponto, o enredo se desenvolve em uma troca de informações e descobertas dos verdadeiros planos do governo, chegando ao submundo da tramoia empresarial de Glass.

Embora esteja pautada em cima de um conceito muito pertinente, o desenvolvimento da história de Mirror's Edge é trivial e tem um desfecho morno. Boa parte do elenco que participa da trama é unidimensional e sem carisma. Os diálogos soam artificiais e os personagens não transparecem genuinidade na maior parte do tempo. É difícil se importar profundamente com qualquer um deles -- até mesmo com Faith.


Imagem

Mirror's Edge Catalyst leva a sensação de liberdade a um novo patamar -- com um mundo semi-aberto, o simples ato de correr livremente para chegar a um lugar passa uma grande sensação de empoderamento, bem como no original. A estrutura da cidade de Glass é cheia de ramificações e possibilidades para caminhos alternativos e inesperados, o que recompensa o jogador que memorizar e se familiarizar com as paisagens. Após realizar algumas missões em determinada área, eu já conseguia visualizar as melhores rotas para chegar em determinados pontos, sem precisar seguir ou me orientar pela Visão de Corredor, recurso que destaca pontos do cenário que levam ao seu destino.

Catalyst traz algumas novidades em relação ao seu antecessor no quesito movimentação, como a possibilidade de usar canos para realizar curvas e a função "Impulso", que permite alterações de curso em alta velocidade, além de ser um recurso essencial para o combate, que, aliás, deve ser evitado na maior parte do tempo.

Desta vez, Faith não pode usar armas de fogo na hora de enfrentar os soldados da KrugerSec, e a protagonista conta apenas com seus ataques físicos e o Escudo de Foco -- ao correr, você acumula momentum e cria uma barreira capaz de deixá-la imune a tiros. Quando você encontra inimigos no caminho de uma entrega ou missão, a melhor coisa a fazer é usar os movimentos transversais para tirá-los da frente e continuar correndo. Catalyst recompensa o jogador por correr ininterruptamente, mas há seções em que o combate é obrigatório e estas são as piores partes do jogo -- ficar confinado em um espaço específico para eliminar inimigos contradiz a proposta do jogo e acaba com toda a adrenalina das corridas.




A ideia da DICE em integrar um sistema de multiplayer assíncrono funciona bem. Você pode criar os seus próprios desafios de tempo que aparecem naturalmente no mundo dos seus amigos e vice-versa. Isto pode prolongar a vida útil do jogo.

Catalyst ainda conta com alguns puzzles nativos -- uma das atividades do game é hackear outdoors e chegar até eles é um quebra-cabeças por si só. Há outros conteúdos como missões de entrega, criar distrações e os desafios de tempo do próprio jogo.




Visualmente, Catalyst mantém a estética branca que contrasta de bela maneira com cores vibrantes das construções. É um tanto notável que cada distrito da cidade de Glass tem sua própria característica de design, seja na escolha de cores ou elaboração arquitetônica.

Infelizmente, ao menos nas versões de console de Mirror's Edge Catalyst, as texturas são borradas e mal renderizadas, além de ocorrer, muitas vezes, o "texture popping". Um verdadeiro pecado para um título cuja estética é um de seus principais diferenciais -- e, no mínimo, estranho se considerarmos que o primeiro Mirror's Edge não sofria desses problemas.

Quem deve jogar este game?


Mirror's Edge Catalyst é para os fãs do primeiro jogo que gostam da adrenalina de correr e realizar acrobacias virtuais em uma cidade distópica. Em suas bases, a jogabilidade se mantém a mesma, com pequenos adendos.

O VEREDITO

O reboot de Mirror's Edge vai do nada a lugar nenhum -- a história e seus personagens são desinteressantes. A jogabilidade, por outro lado, mantém aquilo que o primeiro Mirror's Edge tinha de bom, melhora em alguns poucos aspectos, mas, no fim das contas, Catalyst não traz nada excepcionalmente novo e empolgante.


BOM

Com uma história decepcionante, Catalyst mantém seu gameplay nas origens sem muita inovação.


Prós

  1. Sensação de liberdade
  2. Conteúdos variados gerados pelos usuários


Contras

  1. Roteiro preguiçoso
  2. Combate desajeitado
  3. Qualidade técnica questionável


Fonte: Ign

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07 Jun, 2016 - 14:51

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