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9.5
Análise de Tales from the Borderlands: Zer0 Sum de BaixakiJogos

Uma nova chance para o universo de Borderlands conquistar sua atenção

Após se dedicar a reviver clássicos esquecidos e explorar o universo dos quadrinhos e do cinema, chegou a hora de a Telltale voltar seu olhar para o próprio mundo dos games. Desenvolvido em parceria com a Gearbox, Tales from the Borderlands nos apresenta ao familiar mundo de Pandora sob um ponto de vista diferente, que privilegia mais os diálogos e interações do que o simples tiroteio — embora eles estejam bastante presentes no trabalho.



Primeiro capítulo de uma série em cinco partes, Zer0 Sum introduz Rhys e Fiona, os protagonistas da trama. Ao contrário dos Vault Hunters controlados na série principal, ambos os personagens estão longe de contar com grandes habilidades de luta, apostando mais na lábia — e na sorte — para conseguir aquilo que desejam.

Zer0 Sum tem como centro de sua trama uma negociação por uma Vault Key, objeto lendário que permite abrir um local secreto em Pandora que promete trazer muitos lucros para quem acessá-lo — um elemento já tradicional de Borderlands. Felizmente para o jogador, nem tudo acaba ocorrendo conforme o esperado, o que dá início a um dos melhores trabalhos já feitos pela Telltale.

Fórmula refinada

Caso você já tenha jogado os trabalhos mais recentes da Telltale — como The Wolf Among Us ou a segunda temporada de The Walking Dead —, já sabe o que vai encontrar em Tales from the Borderlands. A empresa continua a apostar em sua fórmula familiar, que consiste em diálogos com múltiplas escolhas acompanhados por quick time events e algumas decisões que podem mudar o rumo futuro da trama.

Apesar de com isso o estúdio correr o risco de ficar estagnado, as mecânicas ainda funcionam muito bem —graças ao roteiro forte, que se aproveita muito bem do universo de Borderlands. A Telltale se mostra confortável em lidar com os elementos criados pela Gearbox para construir personagens que não somente são engraçados como se mostram genuinamente interessantes.

Mesmo que o jogo divida seu tempo entre Rhys e Fiona, é o funcionário da Hyperion que ganha maior destaque e se prova o responsável por realmente conduzir a trama. Aparentemente detestável em um primeiro momento (por sua semelhança com o vilão Handsome Jack) , ele se revela bastante carismático e um tanto desastrado, o que torna difícil não gostar dele.

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Fiona, por seu lado, também desperta o interesse, embora não receba tanta atenção quanto deveria por uma questão de estrutura narrativa. Um ponto positivo do primeiro episódio são os personagens secundários que, embora não possam ser controlados, possuem tanta personalidade quanto os protagonistas e têm grande influência no desenrolar dos acontecimentos.

A principal reclamação que temos a fazer é o fato de que nem todos os elementos introduzidos pelo estúdio parecem funcionar de maneira adequada. Apesar de Fiona ser capaz de coletar dinheiro, essa opção parece não fazer qualquer diferença no desenrolar da trama — e, para completar, testemunhamos uma diminuição na quantia que a personagem carregava na transição de uma cena para outra que não foi explicada em momento algum.

Foco na história

Um ponto que ajuda a enriquecer Zer0 Sum é o fato de a Telltale parecer ter abraçado seu lado de "contadora de histórias", mesmo ao custo de algumas mecânicas típicas a jogos eletrônicos. Na prática, isso significa que o primeiro capítulo de Tales from the Borderlands abandona completamente qualquer espécie de quebra-cabeça, o que o torna acessível para qualquer tipo de público.

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O aspecto que mais se beneficia disso é a história, que prossegue de forma rápida e mantém o mesmo nível de qualidade do começo ao fim. Mesmo com uma duração grande para um jogo do estúdio — aproximadamente duas horas e meia —, o capítulo possui um ritmo ágil e mantém você envolvido do começo ao fim.

A presença de dois protagonistas, somada ao fato de que a história em questão corresponde a acontecimentos do passado, também permite que a Telltale faça algumas brincadeiras. Em determinados momentos, a narrativa de um personagem é interrompida pelo outro protagonista, que decide sua versão dos fatos (que nem sempre é aquela testemunhada pelo jogador há alguns segundos).

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A principal qualidade da história de Zer0 Sum é o fato de ela dispensar totalmente qualquer conhecimento prévio do universo de Borderlands. Embora quem tenha acompanhado a história dos FPS da Gearbox vá se divertir com algumas referências e easter eggs, não é preciso tê-los jogado para aproveitar de maneira satisfatória as desventuras de Rhys e Fiona.

Introdução que conquista

Mesmo "jogando seguro" em matéria de mecânicas, com Zer0 Sum novamente a Telltale mostra seu talento em construir narrativas envolventes e em trabalhar com temas de naturezas distintas. Tales from the Borderlands é provavelmente o capítulo inicial mais envolvente já criado pelo estúdio — uma tarefa um tanto difícil quando levamos em consideração que a empresa tem games como Wolf Amongs Us e The Walking Dead em seu currículo.

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Apesar de ter como objetivo servir de introdução para uma história maior, o capítulo funciona muito bem como uma parte individual, mesmo para quem nunca jogou um dos FPS produzidos pela Gearbox. Rhys e Fiona são protagonistas bastante carismáticos, e a maneira como a trama termina desperta o interesse de conferir o que aguarda o jogador em um futuro próximo.

Tales from the Borderlands: Zer0 Sum prova novamente o talento dos roteiristas da Telltale e dá boas perspectivas do que podemos esperar em relação ao prosseguimento da trama. Pena que, com o histórico de lançamento incerto do estúdio, ainda devem demorar alguns meses até que possamos descobrir o que nos aguarda.

Uma ótima introdução para Tales from the Borderlands, Zer0 Sum cria boas expectativas para os próximos capítulos da série


Pontos positivos

  1. Trama envolvente que dispensa conhecer o universo de Borderlands
  2. Rhys e Fiona são protagonistas bastante carismáticos
  3. História envolvente que funciona de forma individual


Pontos negativos

  1. Algumas mecânicas novas foram mal introduzidas
  2. A fórmula conservadora da Telltale já mostra alguns desgastes

Fonte: Baixakijogos

2 Comentários

03 Dez, 2014 - 19:19

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Comentários

Ribacm 04 Dez, 2014 09:20 0

O que dizer de Tales from The Borderlands?
De longe um dos melhores inicios de episódios da Telltale. TWD é o meu favorito, porém só engrenou depois de alguns episódio e depois da trama tomar um ponto positivo na história.
Comecei meio com receio a jogar, pois é outra dinamica dos jogos do universo Borderlands, porém, meu amigo, o jogo me prendeu do inicio ao fim... sua narrativa é simplesmente fantastica. Olhar os personagens da serie por outro ponto de vista é uma coisa supreendente, e o final do episodio... com uma nova descoberta, cara, não vejo a hora do próximo episodio!

cuceta 04 Dez, 2014 08:26 0

To ainda esperando a tradução do pré-sequel para começar a jogar, já lançaram outro boderlands!