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As pesquisas do mercado gamer são manipuladas?

Volta e meia aparece uma nova pesquisa para traçar o perfil do público gamer, mas os dados apresentados costumam gerar muita polêmica, como por exemplo a pesquisa Game Brasil 2016 que apontou as mulheres compondo mais de 50% do público que joga.

Mas qual é o problema disso? É ótimo ver o público feminino juntar-se a nós nesse meio de entretenimento que tanto adoramos, afinal videogame foi visto como "coisa de menino" por muitos anos.

O grande problema é a veracidade desses dados, muitos apontam o mercado mobile como o culpado por distorcer esses números, pois supostamente nos consoles e nos PCs a situação seria bem diferente e os números mudariam completamente.

Para as empresas pode até ser interessante ver o crescimento do mercado de maneira geral, mas para o público gamer a coisa pode não ser bem assim.

Mas por que separar os gamers de consoles e PCs dos de mobiles?

Isso não seria um ato de discriminação?

A resposta é não, nada tem haver com o que muitos alegam com argumentos, como: "Ser gamer de verdade".

Não se trata do nível de dificuldade jogado, do gênero, se é um filme interativo, um jogo de esportes ou cartas, ou algo pessoal contra idade ou sexo.

A questão é o entusiasmo desses usuários.

Mas como podemos medir isso? Simples, do ponto de vista financeiro, money.

Vejamos, um gamer de console costuma pagar algo entre R$ 1000 à R$ 2000 em uma plataforma dedicada especialmente para jogos, jogos esses que chegam a custar R$ 250 em seu lançamento.

Os PC Gamers em boa parte tem um computador de mesa, algo que já não é tão comum nos dias de hoje, mesmo assim esse mercado continua crescendo para esse público, principalmente o de placas de vídeo, que são o maior diferencial de um PC para jogos, placas essas que também não são baratas, além dos jogos é claro, que em geral estão saindo pela bagatela de R$ 130.

Já os requisitos para ser um gamer de dispositivo móvel? Basta ter um smartphone, algo que praticamente qualquer pessoa hoje em dia tem, então é só procurar e baixar os jogos na loja de aplicativos, sem falar que boa parte dos jogos são gratuitos, já que jogos pagos em smartphones não fazem muito sucesso.

As grandes empresas com seus jogos AAA estão somente nos consoles e PCs, até existem alguns ports mobile de alguns jogos AAA, mas nada muito atual, além de serem versões simplificadas que o custo de desenvolvimento aplicado foi muito menor.

Ok nem todos que jogam nos PCs e consoles pegam jogos no lançamento ou jogam AAA, mas em contraponto tem pessoas que jogam apenas 1 jogo no smartphone, além de ser de forma totalmente casual, como em filas por exemplo.

Isso unindo ao fato da pessoa já ter se interessado em adquirir uma plataforma dedicada para jogos já traz um diferencial, mesmo que o usuário de smartphone possua um aparelho mais potente para rodar os jogos, isso de certa forma ainda é algo contestável, já que muitas vezes a pessoa só tem um hardware poderoso por mero consumismo, não é segredo para ninguém que muitos compram aparelhos de última geração somente por status social, porque no fundo só iriam utilizar as redes sociais e aplicativos simples, não precisariam de algo de alta performance, salvo a exceção, como por exemplo uma câmera com mais qualidade, então quem tem um smartphone poderoso não é necessariamente porque gosta de jogos. Ao contrário da pessoa que compra um PC ou console justamente para jogar os jogos.

Agora tendo esse conhecimento em mente eu pergunto: Será que é mesmo justo incluir esses dois mercados numa mesma pesquisa?

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06 Dez, 2016 - 10:16

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