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Investidores voltam a olhar para Nintendo após chegada de Mario aos iPhones

A parceria da Nintendo com a Apple para levar Mario aos iPhones voltou a atrair a atenção dos investidores para a companhia japonesa, que nos últimos anos perdeu espaço para concorrentes como a Sony e a Microsoft no mundo dos consoles.

O anúncio realizado por Shigeru Miyamoto, criador do personagem, em o evento de lançamento dos novos iPhones 7 na última quarta-feira fez com que as ações da Nintendo disparassem em todo o mundo.

Na Bolsa de Tóquio, os papéis da empresa se valorizaram quase 12% após o anúncio do jogo "Super Mario Run", fruto de uma parceria da empresa com a desenvolvedora DeNA.

A parceria, divulgada no início de 2015, encheu a indústria de expectativa, mas a estreia em março com o jogo "Miitomo" não convenceu. A expectativa pelos títulos em desenvolvimento diminuiu e com ela o interesse em uma aliança que parecia não dar frutos.

O lançamento de "Pokémon GO" em julho, jogo baixado por mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, fez as ações da Nintendo dispararem, fazendo a empresa dobrar seu valor de mercado.

O reconhecimento por parte da própria Nintendo de que o aplicativo teria um impacto limitado em seus resultados financeiros – a empresa só tem participação na desenvolvedora Niantic e na Pokémon Company – foi um ponto de inflexão no mês histórico.

Com a associação com a Apple, a Nintendo não só entrou no seleto grupo de companhias que tem acordos com a empresa fundada por Steve Jobs, mas voltou a despertar o interesse dos investidores.

A Nintendo tinha se mostrado reticente a introduzir seus icônicos personagens em jogos para dispositivos móveis, mas a chegada de Mario aos iPhones alimentou as expectativas sobre novos lançamentos, como "The Legend of Zelda".

Por enquanto, é preciso esperar a chegada do "Super Mario Run" em dezembro para ver se o aplicativo terá o mesmo impacto arrasador que "Pokémon Go".

Mario é o personagem mais rentável da história dos videogames – já foram vendidas mais de 310 milhões de cópias dos 16 títulos que compõem a série principal do encanador.

O bom rendimento dos jogos protagonizados por Mario e seus companheiros segue evitando que a Nintendo entre em apuros financeiros. Talvez por isso o mercado acredite em um sucesso estrondoso com a chegada do personagem aos smartphones.

A Nintendo, ainda sob a tutela de Satoru Iwata, falecido em julho de 2015, decidiu apostar no setor de celulares após anos de reticência em diversificar seus negócios. A empresa até teve lucro no ano passado, mas eles foram 60,6% menores do que os de 2014.

Um dos motivos do desempenho ruim foi a queda das vendas dos dispositivos portáteis 3DS, dos jogos da empresa (em torno de 25%) e falta de consolidação do Wii U no mercado.

O console da Nintendo perde de longe para o PlayStation 4, da Sony, e o Xbox One, da Microsoft. Lançado em 2012, o Wii U nunca chegou perto de seu antecessor, o Wii, um dos maiores sucessos da história da Nintendo.

Por causa disso, a Nintendo decidiu se concentrar no desenvolvimento de seu novo console, NX, e nos smartphones.

Fonte: Teciber

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10 Out, 2016 - 20:01

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