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Mighty No. 9 desaponta e Keiji Inafune diz que o jogo "é melhor do que nada"

A espera não valeu a pena


Mighty No. 9 está ganhando potencial de se tornar a referência do que não deve ser feito em crowdsourcing. O game foi um grande sucesso no Kickstarter, alcançando quase 4 milhões de dólares (inicialmente buscava 900 mil), porém teve sua data de lançamento adiada diversas vezes e anúncios como uma serie de TV animada (antes mesmo do jogo ser finalizado) dava sinais de que os desenvolvedores perderam o foco. O primeiro trailer (vídeo abaixo) também não criou boas expetativas em muitos e está com mais de 30 mil dislikes no Youtube.



Saiu a primeira rodada de análises internacionais do jogo, e não há muito a se comemorar: o game está com notas agregadas em 58 no Metacritics, em sua versão do Xbox One, recebeu um doloroso 5.6 "medíocre" do IGN e, na análise mais positiva que encontramos até o momento, a do Detructoid, ele arrancou um "está ok" com pontuação 6.5. Falta de inspiração nos gráficos e nas fases, unidos com um gameplay desinteressante parecem ser os principais fatores que derrubaram as notas nas avaliações, enquanto apenas o mecanismo de dash parece ter cativado alguma simpatia.

O game levantou muita expectativa ao se apresentar como um sucessor espiritual do dificílimo Mega Man (ou Rockman, dependendo da região onde era publicado). Ele prometia trazer a essência dos games anteriores, com gameplay frenético e decidido no detalhe, e contava com um nome de peso no desenvolvimento: Keiji Inafune, um dos principais desenhistas da serie clássica e criador de personagens icônicos da franquia, como Zero. Nada disso, porém parece ter sido o bastante: na maioria das análises, há menções a falha do jogo em reviver a franquia do famoso personagem azulado.

"Melhor do que nada"

Mighty No. 9 chegou hoje aos consoles e PC e tudo indica que o jogo não terá o interesse desejado.

Para comemorar o seu lançamento, a Comcept fez uma transmissão ao vivo onde Keiji Inafune falou sobre o resultado final e a recepção por parte da imprensa, que não está lá muito satisfeita. Inafune foi sincero e contou que, "pusemos tudo neste jogo. Não temos microtransacções, não fizemos conteúdos descarregáveis para sugar mais dinheiro", a não ser Ray, o antagonista que é oferecido para quem fizer a pré-reserva do jogo.

"Por agora, isto é o que vocês vêem e o que têm para o mundo de Mighty No. 9. Mas esperamos que as coisas corram bem e se façam sequências. Posso dizer que não estou satisfeito com o gênero da ação 2D. E no final, apesar de não estar perfeito, é melhor do que nada. Pelo menos essa é a minha opinião", disse Inafune.



Ben Judd, o tradutor de Keiji Inafune, explicou que Inafune começou a trabalhar noutros projetos quando Mighty No. 9 estava a 70% do seu desenvolvimento, e não participou na adaptação do jogo em várias plataformas.

O lançamento também teve bastantes problemas, entre eles a versão Xbox 360 que foi adiada em conjunto com as versões linux e Mac. Para compensar este atraso os produtores ofereceram um código do Steam.

Se ainda assim não perdeu a coragem, o jogo está disponível no Steam por R$ 36,99, R$ 39 no Xbox One e por salgados R$ 71 no PS4.

Para quem quer pagar menos, recomendamos compra na Nuuvem, onde o jogo está sendo vendido por R$29,99.

Fonte: Eurogamer

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21 Jun, 2016 - 12:21

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