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12 situações em que pessoas que não jogam videogames nos irritam

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É inevitável que nosso cotidiano como fãs de videogames envolva a convivência com pessoas que não gostam de jogar. Seja com a família ou dentro de outros círculos sociais, você vai encontrar quem não enxerga ou compreende o mundo pela perspectiva de um jogador. Essa diferença entre realidades acaba criando situações bastante irritantes para nós.

Nem sempre os outros vão entender o que faz parte da vida de um jogador. O que nos leva a conviver com certos questionamentos ou atitudes desagradáveis -- certas vezes até preconceituosas. Então vamos dividir nosso drama por meio de uma lista de momentos e situações que são capazes de nos tirar do sério. Será que algo assim já aconteceu com você?

1. Quando dizem que você desperdiça muito dinheiro com jogos



Geralmente quem afirma esse tipo de coisa não pensa, antes de falar, que a função primordial do dinheiro é proporcionar o que lhe faz bem. O entretenimento é uma parte disso e, consequentemente, os fãs de jogos fazem essa opção. Se for assim, quem gasta suas economias com outros tipos de diversão -- conta do barzinho, cinema, balada etc -- deveria chamar, igualmente, de "desperdício".

2. Quando dizem que jogo não é cultura



Antes de mais nada, para refutar esse tipo de comentário, precisamos entender o que é cultura. A definição mais popular foi elaborada por Edward B. Tylor e define cultura como "todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade". Só nesta citação já é possível identificar vários elementos que compõe os jogos: gráficos e roteiro como forma de arte; temática envolvendo história e crenças da mitologia; transmissão de conhecimento; dilemas morais etc. Então, é cultura, sim, e não se fala mais nisso.

3. Quando falam que você vai ficar viciado



Diferentemente de algumas drogas, jogos não têm nenhuma capacidade especial para causar vício aos usuários. Então, assim como alguém poderia ficar viciado em churros, em pedalar de bicicleta ou em qualquer outra coisa que dê prazer, também é possível se "viciar" em videogame. Porém não é uma regra e não vai acontecer com todos que amam jogar. Há muitas explicações para quem anda passando mais horas do que o normal junto ao PC ou console: pode ser a empolgação com as novidades de um título que começou a jogar recentemente, ou falta de recursos para qualquer atividade externa, dentre outras coisas. Isso só toma proporções para ser considerado "vício" quando passa a atrapalhar a vida e obrigações do indivíduo, como o trabalho, escola, higiene etc.

4. Quando cismam que games incentivam a violência



Uma série de estudos vem comprovando exatamente o contrário, que jogos fazem um bem tremendo, como já até explicamos em uma reportagem recente sobre o tema. Jogadores de games tendem a ser mais sensíveis ao cumprimento das leis e mais suscetíveis a julgamentos morais. Além do mais, jogar é uma diversão, portanto tende a aliviar o estresse e ajuda liberar a tensão excessiva que a rotina traz.

5. Quando não entendem que certos jogos não pode ser pausados



Nem sempre podemos escolher salvar o progresso de um jogo imediatamente e conforme nossa vontade. Então, se alguém insiste em começar um bate-papo, pedir ajuda com algo ou seja lá o que for tirar sua atenção, acaba nos fazendo desperdiçar o progresso dentro de um game até aquele momento. Nada pior do que estar em uma missão super trabalhosa e falhar porque foi interrompido. Só quem joga sabe.

6. Quando pedem um favor INADIÁVEL que obriga você a abandonar uma partida



Pensando no tópico anterior, lembramos de outra situação que é uma versão piorada. Se você está em uma partida online, é péssimo ter que largar o time na mão porque sua mãe chegou do mercado e precida de ajuda para carregar as compras AGORA. Quem joga entende muito bem como é abominável a atitude "quitter". Mas na cabeça de quem não joga, "sair da partida" é o mesmo que "adiar um pouco a diversão". Sem entender que, obrigando você a fazer isso, estará atrapalhando também os demais jogadores envolvidos -- que não têm nada a ver com as demandas da sua mãe.

7. Quando alguém da sua casa começa a fazer download



Você está bem no meio daquela partida épica, inesquecível, a caminho de uma vitória muito merecida. Repentinamente, um tremendo lag aparece para estragar tudo. Daí você descobre que é a sua irmã baixando episódios de uma série irritante. É isso, ou é a operadora de internet fazendo das suas. De qualquer modo, é irritante.

8. Quando julgam meninas por gostar de jogar games



Todo e qualquer tipo de preconceito é ruim. Isso parte do mesmo princípio de que jogar é coisa de menino. Quem acredita que uma mulher joga pior do que um homem ou que para jogar bem ela precisa ser lésbica ainda precisa aprender muito sobre igualdade e rever seus preconceitos sobre a construção da sexualidade das pessoas.

9. Quando tentam usar meu teclado/mouse/joystick com a mão suja de comida



Falta ter noção do quanto esses equipamentos são caros e, logo, preciosos. E ainda, seu nível de ira vai depender do alimento em questão: quanto mais engordurado e cheio de corante é o alimento, mais intensa será a raiva despertada. Sabe aqueles salgadinhos de queijo bem fedorentos? Então...

10- Quando dizem que você não vai fazer amigos ou namorar se ficar jogando



Nessas horas as pessoas se esquecem de que estamos no século XXI, a Era da Internet, e que no ambiente online só existe solidão para quem quer. São milhares de pessoas conectadas simultaneamente nos servidores de cada jogo e compartilhando partidas. Além do que, como já foi dito na página anterior e você sabe muito bem: há pessoas de todos os gêneros jogando!

11. Quando falam que jogar é coisa de criança



Tanto não é verdade que existe um monte de títulos recomendados apenas para maiores de 16 anos. Exemplos como The Last Of Us, The Witcher 3 e Grand Theft Auto V têm uma complexidade totalmente inadequada para os pequenos jogadores.

12. Quando dizem que todo gamer é "nerd"



A definição de "nerd" tem se tornado nebulosa desde que a expressão se popularizou nas últimas décadas. Em teoria, é uma pessoa que estuda demais e prefere hobbies que não requerem socializar. "Nerd" e "gamer" são adjetivos que podem andar juntos, mas não obrigatoriamente. É perfeitamente possível para um fã dividir seu tempo livre entre os games e outras atividades. Inclusive, como todos nós sabemos muito bem, jogadores têm vida social, sim!