Escravidão no Brasil é banalizada em jogo e acaba virando polêmica
Apresentado aos estudantes de uma turma do curso de graduação em História da Universidade Federal do Paraná, um jogo que retratava o período colonial do Brasil gerou grande polêmica entre os alunos presentes na aula. Nele, o jogador controla um senhor de engenho que deve mandar os seus escravos para trabalhar em uma plantação de cana de açúcar, sendo possível não apenas comprar e vendê-los, como também açoitá-los no pelourinho.
Embora você possa pensar que a proposta do jogo tenha sido feita por alguém ignorante no assunto, sobretudo estrangeiro, talvez seja uma surpresa que o desenvolvedor é um mestrando do curso de História da UFPR. Este, por sua vez, defende que seria um "preconceito" ignorar a violência da época colonial do Brasil e que deixaria claro no jogo o fato de aquilo ser uma violação dos direitos humanos; segundo resposta enviada à reportagem do programa televisivo Paraná TV, da RPC TV.
Conforme as entrevistas realizadas pelo programa com os estudantes Eduardo Araújo e Barbara Caramuru, eles afirmam se sentirem desumanizados com o tratamento feito pelo jogo ao ser humano, pois aborda um conteúdo pesado indiferente aos sentimentos das pessoas. Além disso, afirmaram estar tomando providências judiciais para retirar o jogo de circulação, que aparentemente é online, inclusive.
A professora Karina Belotti, que apresentou o game à sua turma, defende-se de qualquer associação ao título dizendo que a proposta de sua aula era analisar materiais didáticos de diversas fontes, de forma a fazer os alunos refletirem sobre a viabilidade de seu uso em sala de aula. Visto o exemplo do jogo ser problemático, em entrevista ao Paraná TV, ela louva os alunos por terem chegado à essa conclusão, pois, supostamente, era a sua intenção ao mostrá-lo.
xmanp100 27 Nov, 2014 13:04 0
felipericeli 27 Nov, 2014 11:02 0
BossGrave 27 Nov, 2014 10:04 0
zegato123 27 Nov, 2014 07:19 4
hboss 26 Nov, 2014 23:52 0
fallout111 26 Nov, 2014 21:45 3
Sou branco
peplegal 26 Nov, 2014 20:28 7
A Essência do problema é que o Jogo não está fazendo a "tradicional" IDENTIFICAÇÃO do Público com a Vítima...mas sim com o Carrasco.
Filmes e Jogos, em sua maioria, tentam "obedecer" à JORNADA DO HERÓI, um conceito profundamente enraizado na Psique humana, desde tempos remotos.
Basicamente, trata-se de um PADRÃO de Narrativa, repetidamente encontrado em quase todas as Mitologias (Hércules, Ulisses, Budha, Jesus Cristo,etc) e que mostra mais ou menos a Mesma SEQUÊNCIA de Ação/Conduta.
Maiores detalhes : http://pt.wikipedia.org/wiki/Monomito
No caso deste jogo a VÍTIMA/HERÓI deveria ser Toda a Raça Negra, que era originalmente "Feliz" na África, foi Trazida para a Luta (escravidão)...e finalmente alcançou a "vitória" após a Abolição.
O mesmo vale para os Judeus no filme "Lista de Schindler", os Hebreus na Êxodo do Deserto (através de Moisés), etc.
Quando um Filme ou Jogo QUEBRA este Padrão, principalmente em temas polêmicos, as Pessoas entram em Pânico, sentem Desconfortáveis.
.
chinobistar 26 Nov, 2014 20:19 8
SAMUELPV 26 Nov, 2014 19:57 4
sophos_nsm 26 Nov, 2014 19:57 -13
gustavomoraes - uma coisa é não suavizar a outra é botar o jogador para açoitar negros para aumentar a produtividade da fazenda
gustavomoraes 26 Nov, 2014 19:37 7
Renan zr 26 Nov, 2014 19:11 8