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7.5
Análise de Batman: The Telltale Series de IGN

BATMAN: THE TELLTALE SERIES REVIEW

O MORCEGO QUE VOCÊ RESPEITA

Entre os estúdios mais modernos, não é novidade que a Telltale Games é um dos destaques quando o assunto é contar boas histórias. O sucesso de títulos como The Walking Dead e The Wolf Among Us abriu o caminho da desenvolvedora para familiares franquias da cultura pop, como Game of Thrones e o recém-anunciado jogo de Guardiões da Galáxia. Mas, antes do quinteto da Marvel, a primeira grande investida da empresa no público de super-heróis veio com uma parceria entre a DC Comics, para lançar Batman: The Telltale Series.

Contar uma nova história para o Homem-Morcego é um passo ousado e que, quando anunciada, gerou uma quantidade significativa de entusiasmo por parte dos fãs. Por sorte, o Batman da Telltale oferece uma proposta interessante o suficiente para ser uma boa adição ao universo do herói, mas que é ofuscada por falhas que estão demonstrando-se cada vez mais presentes nos games do estúdio.



Nos cinco episódios da primeira temporada do jogo, controlamos as duas identidades do protagonista: Bruce Wayne e Batman. A chance que o jogador tem em escolher se prefere resolver uma situação nas mãos do vigilante ou do herdeiro órfão é um dos pontos altos do jogo. São decisões que não influenciam somente as consequências da história, mas que trazem uma sensação de controle da personalidade de Bruce que nenhum game do personagem ofereceu até então.

A abordagem com o passado da família Wayne e com outras figuras icônicas da cidade de Gotham, como o Pinguim, Jim Gordon, Harvey Dent e Selina Kyle são notáveis. Até mesmo o mordomo de Bruce, Alfred Pennyworth, recebe um espaço importante e interessante na narrativa dos episódios. Entretanto, enquanto o Duas-Caras é um dos personagens mais bem elaborados do jogo, a identidade do antagonista principal da história revela-se durante uma reviravolta surpreendente, mas pouco convincente. Não há profundidade na motivação do vilão que, embora não tenha sido a escolha errada, deixa muitas pontas soltas com um passado explicado superficialmente.

Toda a liberdade de escolhas que a Telltale diz oferecer em seus games já está comprometida há algum tempo -- mecânicas engessadas são uma das falhas de The Walking Dead: Michonne. Existem decisões tensas em Batman e que colaboram para a dualidade entre Bruce e seu alter ego, mas que acabam mudando uma cena ou outra que, no fim das contas, levam o jogador para um final já definido. Algo que poderia ter sido mais explorado é a ética do Batman durante as lutas, característica que aparece em peso nas histórias do personagem. Senti falta em ter a chance de decidir se o morcegão seria mais agressivo ou misericordioso -- nos dois primeiros capítulos essa possibilidade existe, mas depois é apagada quase que por completo.

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As cenas de luta de Batman não decepcionam, embora ofereçam pouca dificuldade nos comandos, são combos de golpes dignos do que você espera do herói. O mais empolgante é que, ao mesmo tempo que o game aproveita a tecnologia que o morcego usa para salvar a pele de Bruce, a história valoriza as habilidades primárias do protagonista e mostra que ele é capaz de vencer -- com ou sem suas bugigangas modernas. Já as mecânicas de investigação, que permitem que os jogadores analisem uma cena de crime e liguem as pistas para encontrar uma solução, mostraram ser uma adição desafiadora e divertida nos primeiros episódios, mas acabam oferecendo quebra-cabeças óbvios e se tornando dispensáveis nos episódios finais.

A beleza das batalhas e o ritmo do game são constantemente interrompidos por problemas técnicos na engine da Telltale (joguei na versão para PlayStation 4). Além da queda usual na taxa de quadros por segundo, o jogo travou bruscamente em momentos aleatórios de todos os episódios, obrigando o reiniciamento do aplicativo e uma boa dose de frustração.

Quem deve jogar este game?

Fãs do Batman que procuram uma experiência que vai além de enfrentar bandidos em Gotham ou desfilar com o batmóvel por aí podem encontrar uma história única e impactante. Esta até poderia ser uma boa oportunidade para quem não conhece o universo de Bruce Wayne, mas que não é capaz de oferecer a mesma empolgação para quem já está familiarizado com o personagem.

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O VEREDICTO

Desde a primeira temporada de Game of Thrones,o modelo de desenvolvimento da Telltale está mostrando um certo desgaste. Dessa vez, problemas de performance ofuscaram imensamente a experiência episódica protagonizada pelo Homem-Morcego da DC Comics. Em geral, Batman: The Telltale Series é uma adição bem sucedida em termos de narrativa para o universo do super-herói, mas é apenas mais um jogo que deixa claro a necessidade urgente de inovação no estúdio.

Batman: The Telltale Series

Uma boa adição ao universo narrativo do Homem-Morcego, mas comprometida por falhas já usuais nos games da Telltale.


  1. +Sequências de luta
  2. +Dualidade entre Bruce e Batman
  3. -Engine problemática
  4. -Falsa liberdade de escolhas

Fonte: Br/Ign

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26 Dez, 2016 - 20:19

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