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Análise de Home Behind de Tribo Gamer

Home Behind: Um refugiado em busca de sobrevivência

Muitos são os jogos que envolvem o tema sobrevivência. Seja por um apocalipse zumbi ou por um avião que cai na floresta, não é raro encontrar games, sejam eles de estratégia ou de ação, que colocam o jogador na pele de alguém que busca sobrevivência, fazendo, ás vezes, coisas que nunca imaginou fazer.

Porém, ao mesmo tempo, raramente vemos games tratando um assunto muito semelhante: as questões envolvendo os refugiados. Pessoas normais, que por causa de guerras, acabam tendo que deixar tudo o que tem, buscando um lugar seguro para voltar a viver em paz, isso quando a fuga não ocasiona a perda de pessoas queridas, envolvendo uma missão árdua de busca para encontrá-las novamente.

This War of Mine é um destes raros exemplos, e toca exatamente por tirar o jogador do ponto de vista do soldado herói que explode todo o mal e o coloca na pele de pessoas que precisam buscar comida, remédios e água para suportarem todo o mal que os assola. Nesta mesma escola, aparece Home Behind, que traz ao nosso controle um refugiado em um game roguelike, que só terminará com a sua chegada até a Europa, já que estamos fugindo de uma guerra civil, por aqui.

Não é dito exatamente qual das guerras civis é a que acontece no jogo, mas ao que tudo indica é algo fictício. As coisas aqui acontecem de forma bastante aleatória, como é normal em obras desse gênero, sendo assim é o tipo de jogo que o fator rejogabilidade é altíssimo e para quem gostar é realmente um ótimo investimento.

Aqui você escolhe a profissão de seu personagem, que afetará a sua interação com o mundo e pode destravar várias outras profissões. Na jogabilidade o seu personagem anda automaticamente em um cenário da esquerda para a direita, os controles diretos são o de parar para descansar, colocar o personagem para correr e mexer no inventário. Mas andar e parar para encontros é algo que acontece automaticamente, você escolhe apenas a interação com as coisas.


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Em Home Behind, a ação foca mais no roguelike, oferecendo elementos de RPG clássico, como a evolução de seu personagem, criação de itens, muita conversa e alguns combates, simplórios, mas com uma interessante barra de opção de luta, fazendo com que seu personagem tenha uma postura mais equilibrada, defensiva ou agressiva. Mas por se tratar de um side-scrooling, o jogo também oferece um pouco de ação, tanto nos combates como em sua própria mecânica, já que o nosso protagonista precisa lidar com fome, humor e sede, além da própria barra de saúde, para continuar seu progresso. É necessário, além de manter sua saúde ok, buscar comida, água potável e itens para deixá-lo um pouco melhor humorado constantemente, já que a vida de refugiado, no jogo, também não é nada fácil. E aqui, como no título do jogo, nada de voltar para trás, só andar para frente, não deixando nada ficar para trás.

Os cenários, apesar de simples, são bem desenhados, com interessantes tempestades de areia que ocasionalmente aparecem. É possível explorar algumas casas e encontrar alguns oásis, para beber água e encher seu cantil, assim como nas vilas, em que é possível conversar com aldeões ou mesmo outros refugiados, que montam acampamento em busca de um novo lugar. Nesta exploração, também é possível conferir pistas sobre o paradeiro de seus familiares, ou mesmo, no melhor estilo Resident Evil, encontrar documentos com dicas e depoimentos de outras pessoas que sofreram na guerra civil que o jogo introduz.




E o drama até que é amenizado por uma trilha sonora que embora contribua para mostrar o desolamento do local e das pessoas, é suave e até acalma um pouco o jogador, devido a seriedade do tema. E tudo no bom e velho português, graças aos esforços da equipe responsável, que ofereceu uma tradução bem interessante para o nosso idioma.

Temos em Home Behind um interessante roguelike, com um tema mais sério, porém tratado de maneira amena, já que tem momentos que esquecemos que estamos em uma fuga para a Europa e nos sentimos parte de um RPG tradicional, como Xenogears, por exemplo, por culpa dos cenários do jogo. Mesmo com muita coisa a se fazer no jogo, tudo é oferecido de maneira bem simples e com uma boa curva de aprendizado, além de contar com um bom desafio, que não é desanimador para jogadores menos experientes, mas ao mesmo tempo não é lá tão fácil, já que o fato de "sempre andar para a frente" diminui as oportunidades de ficar em um local para evoluir seu personagem.

Home Behind foi desenvolvido pela TPP Studios e chega ao Brasil graças aos esforços da Game Bau, estúdio chinês que está há um ano operando no país.

Enfim, fica essa dica de jogo simpático com jogabilidade simples, requisitos baixos e que dependendo de quem jogar pode ser altamente viciante. Alguns reviews dizem que ele só tá disponível em chinês, mas foi atualizado e agora até português tá na lista. Vale a pena dar uma conferida no site da Nuuvem pois além de eles venderem keys da Steam por um valor geralmente mais em conta que na própria Steam, eles aceitam boleto bancário e possuem suporte 100% nacional e super rápido. Dê uma conferida no jogo por lá, clicando na imagem abaixo.


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Fonte: Nuuvem

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20 Dez, 2016 - 13:02

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