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Análise de The Walking Dead: Michonne de IGN

THE WALKING DEAD: MICHONNE - A TELLTALE GAMES MINI-SERIES REVIEW

APOCALIPSE MENTAL

Com o sucesso das primeiras temporadas de The Walking Dead -- com a terceira já a caminho --, a Telltale Games lançou em 2016 uma minissérie protagonizada por Michonne, personagem icônica da franquia apocalíptica criada por Robert Kirkman. Separado em três rápidos episódios -- todos já disponíveis para PC/Mac, Xbox One, PS4, Xbox 360, PS3 e mobile --, o game narra o que aconteceu com a protagonista entre os capítulos 126 e 139 dos quadrinhos, em que Michonne desaparece após deixar o grupo de sobreviventes liderado por Rick Grimes.

The Walking Dead: Michonne segue a mesma base de mecânicas dos outros jogos da Telltale: há opções cronometradas de diálogos, ação em quick time events e momentos emocionantes que farão seu coração vacilar. Entretanto, o principal problema do jogo é não conseguir entregar uma das principais características do estúdio: variações de escolhas que de fato resultam em narrativas/ finais alternativos.



Se outras produções mais longas da Telltale já soavam um bocado engessadas há algum tempo, as escolhas que os jogadores podem fazer em Michonne pouco influenciam o rumo do jogo. Claro, há momentos específicos com cenas diferentes, mas que alteram sutilmente o caminho que você enfrentará para alcançar o final do jogo -- que, por sua vez, não tem variação. É frustrante tomar decisões que, de cara parecem catastróficas, para depois saber que elas não são tão importantes assim.

Dessa forma, a familiar mecânica de "fulano vai se lembrar disso" que aparece durante importantes opções de diálogo não acrescenta nada ao jogo -- ninguém parece lembrar de nada. Os episódios se esforçam para tentar alcançar uma hora de duração cada, o que resulta em uma narrativa fraca e sem muita comoção. Ao mesmo tempo em que Michonne se aproxima de uma família de sobreviventes, ela precisa lidar com um grupo liderado pelos irmãos Randall e Norma, dois antagonistas nada convincentes. Para tentar aumentar o drama da minissérie, o jogo apela em oferecer vilões com personalidades clichês: há toda aquela ideia desgastada de que o protagonista "vai ter que pagar pelo o que fez".

Além dos conflitos do momento em que a história acontece, Michonne tem ilusões relacionadas às suas filhas e alguns flashbacks fantasiosos de quando o surto apocalíptico iniciou -- o que gera um verdadeiro apocalipse psicológico na mente da protagonista. Esses momentos em específico são interessantes para os fãs da personagem e o desenrolar dos sentimentos dela no momento, mas não compensam a ausência de uma trama mais elaborada.









Por se tratar de uma minissérie, a Telltale tomou a liberdade de criar uma abertura temática para os capítulos -- que, por si só, já acrescentou pontos positivos na direção de arte do game. A coreografia das cenas de luta, levando em consideração que Michonne usa uma machete para se defender, também compõe o belo visual do jogo. Espere por uma quantidade satisfatória de mortes (de zumbis) e dilacerações brutais, acrescentando combates mais maduros e sangrentos na série de games e The Walking Dead.

Quem deve jogar este game?

Mesmo com uma narrativa fraca, o game é necessário para os leitores dos quadrinhos de The Walking Dead que têm interesse em descobrir o que aconteceu com Michonne nas edições em que ela esteve ausente. Espectadores da série que não leram as HQs não vão entender o que está acontecendo no jogo sem antes saber o contexto da protagonista -- uma vez que o game não segue os acontecimentos do seriado. Por fim, fãs da Telltale podem pular a minissérie sem peso na consciência.

O VEREDICTO

Considerando o catálogo da Telltale Games, as expectativas quando The Walking Dead: Michonne foram grandes, principalmente considerando que a protagonista do jogo é uma das personagens mais amadas da franquia de quadrinhos e série de Robert Kirkman. Embora entregue um excelente trabalho de arte e uma dose extra de brutalidade, o game não oferece uma história tão completa e bem elaborada quanto outros trabalhos do estúdio.

  1. + Direção de arte
  2. + Brutalidade
  3. - Falsa sensação de liberdade
  4. - Vilões fracos


A Minissérie da Telltale pode ser interessante para os fãs da personagem, mas tem uma narrativa fraca e mecânicas engessadas.

Fonte: Ign

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11 Mai, 2016 - 14:20

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